Dirofilariose em gatos - Sintomas e tratamentos

A dirofilariose é uma doença parasitária transmitida por mosquitos dos gêneros Aedes, Anopheles e Culex, acometendo diversas espécies de mamíferos, inclusive o homem. Os cães são considerados os hospedeiros definitivos do parasita, a Dirofilaria immitis, mas o gato, assim como felinos selvagens, podem ser acidentalmente infectado, desenvolvendo sintomas graves.

Apesar de não causar doença grave nos humanos, esta zoonose possui um impacto importante na saúde pública pelo seu difícil diagnóstico, o que representa alto custo com exames e procedimentos, e pelo estresse causado pela realização de procedimentos invasivos e arriscados para a vida do paciente.

O agente causador da doença, a Dirofilaria immitis, é um parasita longo, esbranquiçado, que pode atingir de 12 a 31 cm de comprimento e 1 a 1,3 mm de diâmetro. Os parasitas adultos de D. immitis se alimentam de plasma e podem sobreviver em seus hospedeiros durante meses a anos.

Os sintomas apresentados pelo gato infectado podem ser bem graves, a depender do estágio da doença. É comum que apresentem:

• Palidez das mucosas, sendo perceptível na mucosa ocular e gengiva;
• Tosse crônica;
• Falta de ar moderada ou grave;
• Ruídos durante a respiração;
• Desmaios após exercícios físicos;
• Falta de apetite;
• Perda de peso;
• Desidratação;
• Apatia;
• Distensão abdominal devido à presença de líquidos;
• Expectoração de sangue ao tossir;
• Sangue na urina;
• Vômito intermitente sem relação com causas gastrintestinais.

O cachorro é o hospedeiro definitivo, sendo ele e outros canídeos selvagens fontes de infecção para o mosquito, que ingere as microfilárias após se alimentar de sangue contaminado. Para haver a infecção, obrigatoriamente deverá existir o mosquito no ambiente.

O homem e outros mamíferos, como o gato doméstico e felinos selvagens, são considerados hospedeiros acidentais de D. immitis. Felinos geralmente são mais resistentes à infecção, mas são infectados quando picados pelo mosquito, da mesma forma que os cães.

Então a transmissão funciona da seguinte forma: o mosquito pica o cachorro doente e se infecta. Depois ele pica o gato e transmite a doença para ele. Dessa forma, o cachorro serve como um reservatório do parasita, sendo uma fonte permanente de infecção para os mosquitos, que podem acidentalmente contaminar os gatos, humanos ou outros mamíferos.

A prevenção é a melhor forma de proteger seu bichano dessa doença e é muito fácil de ser feita, pois temos vários medicamentos seguros e efetivos: as avermectinas (ivermectina, selamectina) e as milbemicinas (oxima milbemicina, moxidectina), pertencentes à classe das lactonas macrocíclicas. Listaremos alguns nomes comerciais de medicamentos utilizados na prevenção da dirofilariose:

• Cardomec Plus, Merial;
• Revolution, Pfizer;
• Advantage Multi, Bayes HealthCare;
• ProHeart, Fort Dodge;
• Interceptor, Novartis.

Caso o animal não more em regiões endêmicas para a doença, a prevenção deverá ser realizada em casos de viagens.

Este artigo é meramente informativo, no PeritoAnimal.com.br não temos capacidade para receitar tratamentos veterinários nem realizar nenhum tipo de diagnóstico. Sugerimos-lhe que leve o seu animal de estimação ao veterinário no caso de apresentar qualquer tipo de condição ou mal-estar.

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