Expectativa de vida de um gato com edema pulmonar

À medida que avançamos, o prognóstico, ou seja, as chances de recuperação, de um gato com edema pulmonar vai depender muito das circunstâncias individuais. Para compreender isso, primeiro é necessário saber que o edema pulmonar consiste na acumulação de líquido nos pulmões. Logicamente, a presença desse líquido vai complicar a respiração, mais ou menos dependendo da gravidade do quadro, o que se traduzirá na manifestação, com diferentes intensidades, de sinais clínicos como:

• Dificuldade para respirar.
• Boca aberta e pescoço esticado numa tentativa de capturar mais ar.
• Sons como sibilos.
• Tosse.
• Coloração azulada das mucosas (cianose).
• Agitação.

Mas o prognóstico não depende apenas da gravidade, também é necessário considerar a causa:

• Forma aguda: os gatos podem sofrer edema pulmonar de forma aguda, por exemplo, após um acidente ou intoxicação.
• Forma crônica: como consequência de alguma doença que pode ter passado despercebida até o momento em que a respiração se complicou, por exemplo, patologias que afetam o coração ou os pulmões. Se a causa do edema é tratável ou não, logicamente, vai influenciar no prognóstico.

Além disso, não podemos esquecer da rapidez em fornecer tratamento veterinário. Se deixarmos as dificuldades respiratórias progredirem, podemos chegar a uma situação sem retorno, embora, inicialmente, o edema fosse tratável. Daí a importância de uma assistência veterinária rápida no momento em que percebermos alguma dificuldade respiratória ou qualquer outro sinal clínico que possa sugerir a existência de uma doença.

Não podemos fornecer uma resposta exata a esta pergunta, pois a expectativa de vida de um gato com edema pulmonar dependerá de fatores como gravidade e causa. Em outras palavras, um edema pulmonar pontual, tratado rapidamente, controlado e recuperado em questão de dias ou semanas, pode permanecer como um incidente isolado sem impacto significativo na expectativa de vida do gato. Por outro lado, se permitirmos que o edema pulmonar progrida ao ponto de impedir a respiração sem oferecer nenhum tratamento ou, mesmo tratando, não houver melhora, o gato acabará falecendo.

Além disso, se o edema pulmonar estiver relacionado a uma doença que é tratável, mas não curável, pode ocorrer repetidamente ao longo do tempo. Mesmo com tratamento, isso afetará a qualidade de vida do gato e é possível que ele não se recupere completamente de algumas dessas crises, diminuindo sua expectativa de vida.

Ao longo dos trechos anteriores, temos destacado alguns elementos que vão influenciar diretamente na expectativa de vida dos gatos com edema pulmonar. Destacamos os seguintes:

• Causa do edema: Como mencionamos antes, um edema que ocorre isoladamente não é comparável a um associado a uma doença crônica e incurável, que persistirá por um período prolongado.
• Gravidade: referimo-nos à extensão do edema e aos sintomas que desencadeia.
• Condições particulares de cada gato: o histórico do gato também é importante. Os mais vulneráveis, como os jovens, os idosos, os debilitados por algum motivo ou aqueles que já foram diagnosticados com alguma outra doença, correm mais riscos diante de um edema pulmonar.
• Tratamento: se demorarmos a fornecer assistência veterinária ao gato, o edema pode se complicar até pontos fatais. Da mesma forma, seguir escrupulosamente o tratamento prescrito pelo veterinário será importante. Se o tratamento for eficaz ou não, logicamente, também influenciará na expectativa de vida do gato.
• Cuidados: além do tratamento, em casa devemos oferecer cuidados ao nosso gato para melhorar seu estado e, em geral, sua qualidade de vida. Explicamos isso com mais detalhes no próximo trecho.

Diante de um gato com edema pulmonar, devemos recorrer ao veterinário e seguir o tratamento e todas as recomendações e revisões indicadas por este profissional, especialmente quando o edema é tão grave que compromete a respiração. Nestes casos, é possível que o gato precise ser internado e tratado, inicialmente, com oxigênio, fluidoterapia e diuréticos.

O tratamento será diferente dependendo de fatores como os mencionados, como a causa do edema, o histórico do gato, etc. No entanto, de modo geral, as medidas que podemos considerar para melhorar a qualidade de vida desses animais são as seguintes:

• Devemos controlar a atividade física realizada pelo gato, pois não é bom permitir sessões muito intensas. Em outras palavras, atividade física sim, mas com as precauções indicadas pelo veterinário.
• Em alguns casos, é necessário adaptar a alimentação à causa que desencadeou o edema. É importante, pelo menos, oferecer uma dieta mista, ou seja, combinar ração seca e alimento úmido, pois a boa hidratação do gato é fundamental, principalmente se estivermos tratando-o com diuréticos.
• Se falarmos de alimento úmido, não podemos deixar de mencionar a água pelo mesmo motivo. Podemos incentivar o gato a beber colocando bebedouros em diferentes cômodos da casa, utilizando fontes que mantenham a água em movimento, oferecendo cubos de gelo, etc. Aqui você encontrará mais conselhos sobre: "Como fazer meu gato beber água?".
• Também relacionado à dieta está a manutenção do peso ideal do animal, pois a obesidade poderia complicar o quadro.
• Se o gato estiver sendo tratado com diuréticos, é normal que, após sua administração, urine uma quantidade considerável. Devemos ficar atentos e manter a caixa de areia o mais limpa possível, especialmente se nosso gato for daqueles que rejeitam usar uma bandeja suja.
• Dada a facilidade dos gatos em se estressarem, é conveniente limitar ao máximo todos os gatilhos de estresse conhecidos ou potenciais, como mudanças, visitas, ruídos altos, presença de outros animais, etc. O estresse poderia afetar a respiração.

Agora que sabemos qual é a expectativa de vida de um gato com edema pulmonar e do que ela depende, se percebermos qualquer mudança no comportamento e estado de nosso gato, devemos informar imediatamente o veterinário.

Este artigo é meramente informativo, no PeritoAnimal.com.br não temos capacidade para receitar tratamentos veterinários nem realizar nenhum tipo de diagnóstico. Sugerimos-lhe que leve o seu animal de estimação ao veterinário no caso de apresentar qualquer tipo de condição ou mal-estar.

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