Gata ofegante depois do parto: por que e o que fazer?

Se a sua grande dúvida é se gata ofegante depois do parto é normal, a resposta é não. Após o parto, a fêmea deverá estar tranquila, cuidando de seus filhotes, seja limpando os bebês ou amamentando sua ninhada. O sono também é inevitável, já que o parto é um tanto extenuante para a gatinha. Então, caso a sua gata esteja ofegante após o parto, procure ajuda do médico veterinário de sua confiança, pois algo errado está acontecendo com ela.

Caso a gatinha esteja ofegante minutos após o parto, pode ser que ela esteja somente um pouco nervosa, ansiosa com toda a situação nova, principalmente se for a primeira vez que ela procria. Mas essa situação deverá ser temporária para ser considerada normal, durando de minutos a poucas horas. Mas fique atento! A gata pode ficar ofegante por ansiedade caso esteja assustada com a situação ou em local que considere perigoso para sua ninhada. Tente acalmá-la acariciando seu corpo e de seus filhotes. Coloque os bebês para mamar e deixe a nova família em um local com pouca luminosidade, fresco e ventilado, livre de outros animais ou barulhos altos.

Geralmente, em situações normais, a gata se sente mais tranquila quando o parto termina. Ela sente sono e cansaço, precisando se recuperar com algumas horas de sono. Enquanto isso, os filhotes ficam mamando ou procurando se aquecer perto da mãe. Nessa fase, a fêmea estará sob efeito do hormônio ocitocina, que faz com que as mamas fiquem cheias de leite. A sensação de prazer gerada pelos filhotes mamando e pela liberação de hormônios faz com que a gata fique muito calma e sonolenta. Nesses casos, podemos deduzir que o parto terminou.

Caso a gata fique ansiosa, lambendo a vulva e ofegante, pode ser que o parto ainda não tenha terminado. De qualquer forma, para ter certeza de que o parto acabou, deverá ser realizada uma ultrassonografia, para excluir a possibilidade de ter ficado ainda algum feto no útero. Caso não seja possível fazer o exame, uma radiografia pode auxiliar bastante nessa análise.

Os gatos ficam ofegantes em situações fisiológicas como calor e ao sentirem cheiros. No entanto, ficar com a respiração mais rápida pode indicar que o animal não está se sentindo bem. Vamos detalhar algumas causas de respiração ofegante em gatos para que o leitor saiba identificar quando o bichano precisa de ajuda:

1. Eclampsia: também conhecida com hipocalcemia puerperal, é uma emergência médica relacionada à diminuição dos níveis sanguíneos de cálcio na fêmea recém-parida. É mais comum de acontecer cerca de uma a quatro semanas após o nascimento dos filhotes, quando a mãe está em sua produção máxima de leite, mas também pode acontecer logo após o nascimento. A causa ainda não foi totalmente determinada, mas pode ser em decorrência de perda excessiva de cálcio da mãe para a formação óssea dos filhotes, suplementação de cálcio durante a gestação, produção de leite durante a amamentação, falta de uma dieta adequada durante a gestação ou problemas nas glândulas paratireoides. Não é uma situação comum em gatas, mas pode ser a causa da respiração ofegante após o parto e deverá ser socorrida o mais breve possível.
2. Ansiedade: as gatas com filhotes, logo após o parto e principalmente quando é a primeira vez que procriam, podem ficar muito ansiosas, sem saber como cuidar dos filhotes. Nesses casos, o tutor deverá observar o local para descobrir se algo está ameaçando a tranquilidade da gata, como outros animais no mesmo recinto, pouca ventilação, ambiente muito iluminado, troca de panos logo que os filhotes nascem (algumas gatas podem achar que um ou mais filhotes foram levados com os panos) e até mesmo se a ventilação está boa e se ela tem acesso fácil à vasilha de água. É importante colocar a gata e seus filhotes em ambientes tranquilos, para que ela se sinta segura e confortável com seus bebês.
3. Problemas respiratórios: essas são causas que não estão associadas ao parto, mas que também causam respiração ofegante nos gatos. As doenças respiratórias representam problemas emergenciais e que ameaçam constantemente a vida dos gatos, como a asma e a bronquite crônica felina. Elas podem ser consideradas doenças graves e que promovem quadros de congestionamento das vias aéreas, impedindo a ocorrência de uma respiração eficaz e completa. O trajeto do ar nesses pacientes, por estar prejudicado, dificulta o processo de troca gasosa e mecânica respiratória, confluindo, em muitos casos, para quadros de angústia respiratória.Sempre que notar alteração no padrão respiratório do gato, procure orientação do médico veterinário o mais breve possível, pois a demora no socorro pode resultar na morte do animal.

Este artigo é meramente informativo, no PeritoAnimal.com.br não temos capacidade para receitar tratamentos veterinários nem realizar nenhum tipo de diagnóstico. Sugerimos-lhe que leve o seu animal de estimação ao veterinário no caso de apresentar qualquer tipo de condição ou mal-estar.

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