Levotiroxina para cães - Dosagem e efeitos colaterais

Para entender o que é a levotiroxina para cães, é necessário primeiro compreender o que acontece em um cão com hipotireoidismo. O hipotireoidismo canino é a doença relacionada à tireoide mais significativa em cães. Além disso, é uma das mais prevalentes em endocrinologia. A glândula tireoide tem funções muito importantes, como regular o metabolismo, o crescimento, o desenvolvimento, o sistema nervoso e a recuperação tecidual. No caso do hipotireoidismo, a glândula tireoide produz hormônios tireoidianos abaixo do normal, o que pode levar a alterações em todas essas funções. Por outro lado, o hipotireoidismo pode se originar na glândula tireoide, na hipófise ou no hipotálamo. Os sinais clínicos mais importantes geralmente incluem letargia, obesidade, intolerância ao exercício ou ao frio, alopecia, má qualidade da pelagem, hiperpigmentação da pele, infecções na pele, secreção excessiva de óleo da pele, problemas neurológicos e oftalmológicos, entre muitos outros. Por fim, ao diagnosticar a doença, são utilizados diferentes testes, como hemograma, bioquímica sanguínea e testes hormonais específicos.

A levotiroxina sódica é uma molécula sintética projetada para suprir a função da tiroxina em animais com hipotireoidismo primário (alteração da glândula tireoide). Nesse caso, são utilizadas hormônios modificados, já que a tiroxina natural é pouco confiável em comparação com os produtos sintéticos. Estes últimos são mais previsíveis e têm uma ação mais duradoura no organismo.

A levotiroxina sódica para cães é usada para tratar o hipotireoidismo nesses animais, revertendo os sintomas da doença. O T4 sintético é capaz de reverter todos os sintomas e processos fisiopatológicos associados ao hipotireoidismo canino. Os primeiros sintomas a desaparecer estão relacionados ao nível de consciência e ao sistema nervoso, portanto, se houver uma melhora significativa nesse aspecto durante a primeira semana, será um indicador de bom prognóstico. No entanto, os sinais dermatológicos são os que mais demoram a se recuperar, podendo levar meses na maioria dos casos.

Este medicamento é administrado oralmente, havendo um formato em comprimidos e outro em xarope, que deve ser escolhido com base na comodidade do cão. A dose inicial de levotiroxina em cães varia entre 0,01 e 0,04 mg/kg de peso corporal, levando em consideração diferentes aspectos, como a via de administração. A via oral é baseada na capacidade de absorção do intestino delgado deste medicamento, podendo ser de 10 a 50%. Portanto, para atingir os níveis basais de T4 no sangue, é necessário uma concentração mais elevada se o medicamento for administrado em comprimidos ou em xarope.

Embora tenhamos falado da via oral, a medicação também pode ser administrada por via intravenosa, mas este formato é reservado para situações extremas em que os níveis de T4 no sangue caíram drasticamente.

A intoxicação por levotiroxina em cães, também conhecida como overdose de levotiroxina em cães, é muito rara. Ao contrário de outras espécies, os cães são bastante resistentes ao efeito tóxico desse hormônio, em alguns casos sendo necessário multiplicar por 20 a dose inicial do medicamento para observar sinais de overdose. No entanto, também pode ocorrer tireotoxicose associada a cães com uma dieta exclusiva de carne ou com outros problemas orgânicos (insuficiência renal ou alteração hepática). Se isso acontecer, é altamente recomendável que você consulte o seu veterinário o mais rápido possível.

Alguns dos sinais clínicos mais comuns de intoxicação por levotiroxina em cães são:

• Aumento da ingestão de água.
• Aumento do volume e frequência urinária.
• Aumento do apetite.
• Perda de peso.
• Hiperatividade.
• Taquicardia.
• Aumento da temperatura corporal.
• Ofegação.

A maioria dos sinais desaparecem em 1 ou 3 dias após suspender a medicação.

A posologia da levotiroxina sódica varia segundo as características individuais do animal. A concentração máxima do medicamento é alcançada em 3 a 5 horas, prolongando seu efeito em alguns casos até 15 horas. Com base nisso, a frequência de administração habitual é de 1 a 2 vezes ao dia. A variabilidade dependerá da resposta do cão ao tratamento e da conveniência do cuidador, pois não foram encontradas diferenças significativas entre ambas as administrações.

Por outro lado, a administração junto com a comida é contraindicada, pois reduz a biodisponibilidade do medicamento (proporção do medicamento que realmente atinge o tecido desejado). Portanto, o mais importante nestes casos será monitorar o paciente e observar como ele responde à medicação.

Como mencionado em seções anteriores, a overdose de levotiroxina pode resultar em uma situação indesejável para o cão. No entanto, existem outros efeitos colaterais associados ao consumo de levotiroxina sódica em cães que podem estar relacionados à pele. Em alguns casos, pode ocorrer um aumento da descamação da pele, o que pode soar muito grave, pois esses pacientes já apresentam problemas na pele. Além disso, pode ocorrer coceira associada à administração de levotiroxina sódica. Nesse caso, o veterinário deve estabelecer o plano a ser seguido e retirar a medicação quando necessário.

Outros efeitos colaterais a serem considerados são:

• Diarreia.
• Diminuição do peso.
• Vômitos.
• Hiperexcitação.
• Taquicardia.
• Os mesmos associados à tirotoxicoses.

Por fim, este medicamento é totalmente contraindicado em pacientes desidratados, com problemas renais, problemas hepáticos ou alergia à levotiroxina sódica. É de vital importância informar ao veterinário sobre qualquer evento incomum que ocorra durante a administração do medicamento, para que ele possa tomar as medidas adequadas.

Este artigo é meramente informativo, no PeritoAnimal.com.br não temos capacidade para receitar tratamentos veterinários nem realizar nenhum tipo de diagnóstico. Sugerimos-lhe que leve o seu animal de estimação ao veterinário no caso de apresentar qualquer tipo de condição ou mal-estar.

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