Marbopet para cães: para que serve, doses e efeitos colaterais
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O uso de antibióticos em cães é uma prática comum na medicina veterinária, pois as doenças infecciosas na espécie sempre foram uma preocupação constante. Os antibióticos são moléculas desenvolvidas para combater bactérias causadoras de doenças, podendo atuar de diversos modos, a depender do organismo alvo e da própria estrutura química do fármaco. O uso de antibióticos fora das indicações do médico veterinário pode aumentar a prevalência da resistência bacteriana e diminuir a eficácia do tratamento.
Os antibióticos são classificados de várias formas, como por exemplo, espectro de ação e mecanismo de atuação contra as bactérias. No enorme grupo dos antibióticos, temos uma classe chamada fluoroquinolonas, bactericidas sintéticos e de amplo espectro, utilizados tanto na medicina humana como na veterinária. Atualmente é uma das maiores classes de agentes antimicrobianos sendo utilizada, mundialmente, no tratamento de infecções de origem bacteriana.
Os principais representantes dessa classe são a enrofloxacina (uso exclusivamente veterinário), ciprofloxacina, norfloxacina, marbofloxacina, danofloxacina, ofloxacino, entre outras. Neste artigo, falaremos sobre a marbofloxacina, conhecida comercialmente por Marbopet, medicamento utilizado em processos infecciosos de cães. Se você gostou do assunto e quer saber mais sobre esse antibiótico, não deixe de ler este texto sobre Marbopet para cães: para que serve, doses e efeitos colaterais! Boa leitura!
Para que serve Marbopet para cães?
Marbopet é um medicamento indicado para o tratamento de infecções causadas por bactérias sensíveis à marbofloxacina, como infecções da pele e anexos, das vias urinárias, do trato gastrointestinal e das vias respiratórias.
O antibiótico combate: Klebsiella pneumoniae, Escherichia coli, Enterobacter aerogenes, Serratia marcescens, Pasteurella multocida, Pasteurella haemolytica, Proteus vulgaris, Staphylococcus aureus, Staphylococcus intermedius, Enterococcus faecalis. Essas bactérias são capazes de causar várias doenças nos animais domésticos, sendo algumas muito graves, colocando a vida do pet em risco.
Como usar Marbopet para cães
Marbopet vem na apresentação de comprimidos, que podem ser administrados por via oral, colocado na base da língua do cachorro para ingestão ou misturado à ração ou a qualquer outro alimento que agrade ao pet. Os comprimidos de Marbopet possuem palatabilizante em sua formulação, aumentando a aceitação do produto pelo cachorro, facilitando a administração. O medicamento pode ser administrado antes ou depois das refeições, não tendo interferência em seus resultados.
O comprimido pode ser facilmente dividido em duas partes iguais, pois apresenta um vinco que permite que seja cortado sem perdas, facilitando o ajuste da dose. O medicamento deverá ser prescrito pelo médico veterinário, na dose e duração adequadas para cada doença.
Doses do Marbopet para cães
A dose recomendada do Marbopet comprimidos para cachorros é de 2,75mg de marbofloxacina para cada kg de peso corporal, com doses a cada 24 horas. Como os comprimidos são vendidos nas concentrações de 27,5mg e 82,5mg, deve-se seguir a seguinte tabela abaixo.
A duração do tratamento pode não ser a mesma para doenças diferentes, variando de acordo com o tipo, severidade e evolução do quadro clínico, com o microrganismo envolvido e da resposta do cachorro, podendo demorar de 4 a 42 dias. Casos que exigem tratamento por mais de 42 dias devem ser analisados com cautela pelo médico veterinário, principalmente em animais idosos.
É bom sempre lembrar que não se deve medicar os animais sem a orientação do médico veterinário, pois isso pode colocar a vida do seu melhor amigo em risco. Além disso, o profissional saberá qual a melhor dose a ser utilizada e por quanto tempo a medicação deverá ser utilizada. A interrupção do tratamento antes do prazo prescrito, assim como o uso de antibióticos em dosagens abaixo da indicada, podem causar resistência bacteriana.
Efeitos colaterais do Marbopet para cães
Os antibióticos da família das quinolonas não são recomendados para uso em animais jovens, em fase de crescimento, pois existe o risco de comprometimento da cartilagem articular. Existem estudos que indicam casos raros de excitação do sistema nervoso central, sendo necessário cautela em animais com distúrbios neurológicos.
Apesar disso, as quinolonas são, em geral, bem toleradas e apresentam menor incidência de efeitos colaterais se comparadas com outros antibióticos. O uso prolongado requer cuidados especiais, principalmente em animais muito debilitados e idosos.
Este artigo é meramente informativo, no PeritoAnimal.com.br não temos capacidade para receitar tratamentos veterinários nem realizar nenhum tipo de diagnóstico. Sugerimos-lhe que leve o seu animal de estimação ao veterinário no caso de apresentar qualquer tipo de condição ou mal-estar.
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- Santos, M.F. et al. Uso de fluoroquinolonas em cães e gatos domésticos. Research, Society and Development, v.10, n.9, 2021. Disponível em file:///C:/Users/carlamoreira/Downloads/17858-Article-225861-1-10-20210725.pdf. Acesso em 14/03/2025.
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