Meu gato parou de andar de repente - Por que e o que fazer?



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Gatos são animais muito ágeis e espertos. Gostam de pular e correr pela casa e pelo jardim, além de treinarem a caça o tempo todo. E devido a esse comportamento tão ativo dos felinos que estranhamos quando eles ficam mais quietos. Não conseguir pular ou caminhar pode ser um sintoma de algo grave nos bichanos, desde doenças neuromusculares a problemas endócrinos.
Como várias doenças podem fazer com que o gato pare de andar, ele deverá ser levado ao veterinário para que seja descoberta a causa dessa anormalidade. As causas podem ser desde um ferimento nas patas a um distúrbio endócrino ou neuromuscular. Para explicar melhor o assunto, o PeritoAnimal elaborou este artigo com algumas possíveis causas para o gato parar de andar de repente. Não deixe de ficar informado sobre o assunto! Boa leitura!
Traumas
Podem resultar de acidentes automobilísticos, pancadas, quedas de lugares altos, maus tratos, tiros de arma de fogo ou qualquer outra agente externo que possa atingir a coluna vertebral do gato, resultando em lesões medulares e paralisia.
Além disso, podem ocorrer fraturas em membros, causando grande dor ao tentar se locomover, fazendo com que o animal fique parado. Os traumas devem ser avaliados com muito cuidado pelo médico veterinário, pois além das fraturas, podem ocorrer hemorragias em órgãos internos. Exames como raio X, ultrassonografia e ressonância magnética podem ser necessários para a localização exata das lesões.
Problemas articulares
Mais comum em animais mais velhos, onde o desgaste das articulações já está em estágio mais avançado. Doenças como artrite e artrose causam muita dor, o que faz com que o animal mantenha-se quieto, evitando qualquer movimentação por causa do desconforto.
Algumas doenças autoimunes também pode atingir ossos e articulações, causando a inflamação e degeneração dessas estruturas. Tratamentos para controle da dor são imprescindíveis para que o gato tenha qualidade de vida.
Diabetes
É uma doença endócrina do pâncreas que resulta em uma produção deficiente de insulina. Os gatos com diabetes geralmente são diagnosticados por volta dos 10 anos de idade, com maior prevalência em machos obesos e castrados. Fêmeas também podem ser acometidas, principalmente aquelas não castradas, devido à resistência insulínica induzida pela progesterona durante o ciclo estral.
O gato com diabetes pode apresentar dificuldades para caminhar, encostando seu calcanhar no chão, o que é chamado de “caminhar achinelado”. Alguns até evitam caminhar devido à grande dificuldade e à fraqueza. O tratamento inicial depende das alterações clínicas e físicas do animal. A princípio, o tratamento é feito com a administração de insulina, correção da dieta do paciente e principalmente o controle da quantidade de açúcar no sangue.

Doenças neuromusculares
Algumas doenças neuromusculares causam fraqueza generalizada no animal, como miastenia grave, polimiosite, polimiopatia hipocalêmica e polineurite. Essas doenças necessitam de um diagnóstico preciso para que o tratamento seja direcionado e eficaz. Algumas delas não têm cura, mas podem ser tratadas, resultando em melhora na qualidade de vida do animal.
Síndrome vestibular
É um conjunto de sintomas que surgem devido a alterações no sistema vestibular. O sistema vestibular é um sistema sensorial que permite o controle do equilíbrio corporal do animal, sendo responsável por manter o corpo em um posicionamento correto em relação à gravidade.
Ele está envolvido na manutenção da posição da cabeça no espaço e na manutenção do posicionamento dos olhos, pescoço, tronco e membros em relação a ela. Os sintomas que os animais manifestam com maior frequência incluem inclinação da cabeça, desequilíbrios, quedas ou movimentos rotatórios do corpo e ainda nistagmo e ataxia. Devido a essa grande dificuldade para se locomover, o gato tende a parar de andar. É um quadro bem parecido com a labirintite das pessoas, sendo difícil caminhar com tanta tontura e desequilíbrio.
E agora? O que fazer?
O melhor a se fazer em qualquer caso de dificuldade para caminhar é levar o gato para ser examinado pelo médico veterinário. Várias doenças diferentes podem ter sintomas iguais, o que dificulta o tratamento. Exames devem ser realizados sempre que possível, para um diagnóstico mais preciso. Não tente forçar o gato a caminhar, pois alguns movimentos podem fazer com que pequenas lesões fiquem mais graves e permanentes.
E quando for levar o bichano ao veterinário, tente pegá-lo da forma mais suave possível, mantendo sua coluna sempre reta. Coloque-o na caixa de transporte de forma que ele não tenha como pular ou tentar fugir. Evite ao máximo estressá-lo e manipulá-lo e evite medicações que não tenham sido prescritas pelo veterinário.
Este artigo é meramente informativo, no PeritoAnimal.com.br não temos capacidade para receitar tratamentos veterinários nem realizar nenhum tipo de diagnóstico. Sugerimos-lhe que leve o seu animal de estimação ao veterinário no caso de apresentar qualquer tipo de condição ou mal-estar.
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- Massitel, I.L. et al. A terapêutica do felino diabético: revisão. PubVet Medicina Veterinária e Zootecnia, 2020. Disponível em https://www.pubvet.com.br/uploads/24ca70f79b267d539981172ebc6503cd.pdf. Acesso em 30/09/2024.
- Antunes, J.R. Síndrome Vestibular Periférica em Gatos. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2016. Disponível em file:///C:/Users/carlamoreira/Downloads/001000739.pdf. Acesso em 30/09/2024.