Pólipos marinhos: nomes, características e exemplos



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Os pólipos marinhos, pertencentes ao filo Cnidaria, são pequenos organismos essenciais para os ecossistemas oceânicos. Com sua forma cilíndrica e tentáculos, vivem fixos ao substrato e são fundamentais na formação de habitats como os recifes de coral. Esses animais, que incluem anêmonas, corais e gorgônias, não são apenas fascinantes por sua biologia, mas também pelo seu papel na biodiversidade marinha.
Você conhece essas criaturas? Se quiser saber mais, confira este artigo do PeritoAnimal sobre pólipos marinhos: nomes, características e exemplos.
O que são pólipos marinhos?
Os pólipos marinhos são uma das duas formas corporais principais dos organismos pertencentes ao filo Cnidaria (a outra forma é a água-viva). Esses animais invertebrados são principalmente sésseis, o que significa que vivem fixos ao substrato marinho, como rochas, corais ou fundos arenosos. Os pólipos podem viver de forma solitária, como as anêmonas-do-mar, ou formar colônias complexas, como os corais que constroem recifes.
Os cnidários, que incluem os pólipos, são caracterizados por possuírem células urticantes chamadas cnidócitos, que utilizam para capturar presas e se defender. Os pólipos são essenciais para os ecossistemas marinhos, pois muitas espécies formam recifes de coral, que são habitats críticos para uma grande diversidade de vida marinha.
Quer saber por que eles estão relacionados às águas-vivas? Nós contamos aqui: "Água-viva: características e curiosidades".
Características dos pólipos marinhos
As principais características dos pólipos marinhos são as seguintes:
- Corpo cilíndrico: os pólipos têm um corpo cilíndrico com uma boca na parte superior, rodeada de tentáculos. A boca também funciona como ânus, já que possuem um sistema digestivo incompleto. Na base do corpo, têm um disco adesivo que lhes permite se fixar ao substrato;
- Tentáculos: possuem tentáculos equipados com cnidócitos, células especializadas que contêm uma estrutura chamada nematocisto. Essas células podem injetar toxinas para paralisar presas ou dissuadir predadores;
- Simetria radial: os pólipos têm simetria radial, o que significa que suas partes corporais estão dispostas ao redor de um eixo central, como os raios de uma roda;
- Tamanho: seu tamanho varia conforme a espécie. Por exemplo, as anêmonas podem medir desde alguns centímetros até mais de um metro de diâmetro, enquanto os pólipos de coral costumam ser bem menores (alguns milímetros).
Em relação ao seu habitat, vivem em ambientes marinhos, desde águas superficiais até profundidades abissais. Algumas espécies, como as hidras, também são encontradas em água doce.

Tipos de pólipos marinhos
Existem diferentes tipos de pólipos de acordo com seu modo de vida:
- Pólipos solitários: vivem de forma independente e não formam colônias. Um exemplo desse tipo de pólipo marinho são as anêmonas-do-mar (ordem Actiniaria);
- Pólipos coloniais: formam colônias onde os indivíduos estão conectados por tecidos e compartilham recursos. Alguns exemplos são os corais duros (ordem Scleractinia) e as gorgônias (ordem Alcyonacea);
- Pólipos de coral: secretam um esqueleto calcário que contribui para a formação de recifes, como os corais do gênero Acropora;
- Pólipos de hidrozoários: pertencem à classe Hydrozoa e podem alternar entre as formas de pólipo e água-viva durante seu ciclo de vida. Por exemplo, a hidra (Hydra vulgaris);
- Pólipos de medusas: algumas águas-vivas, como as da classe Scyphozoa, têm uma fase de pólipo em seu ciclo de vida. Exemplo: Aurelia aurita (medusa-da-lua).

Exemplos de pólipos marinhos
A seguir, contamos mais características dos pólipos marinhos e mencionamos exemplos concretos:
- Anêmonas-do-mar (ordem Actiniaria): um exemplo é Anemonia sulcata (anêmona-real-do-mediterrâneo);
- Corais duros (ordem Scleractinia): correspondem aos corais formadores de recifes em águas tropicais, como os do gênero Acropora;
- Corais moles (ordem Alcyonacea): por outro lado, estão as gorgônias ou leques-do-mar, que formam corais moles devido ao seu esqueleto composto por gorgonina, uma proteína que lhes dá flexibilidade. Um representante desse tipo é a Gorgonia ventalina (leque-do-mar comum).
- Hidras (classe Hydrozoa): um exemplo são as hidras de água doce, como Hydra vulgaris. São pequenas e de forma tubular. Uma curiosidade muito destacada é que não apresentam envelhecimento, por isso, são muito estudadas;
- Pólipos de medusas (classe Scyphozoa): representam o estágio de pólipo das medusas, que posteriormente gerarão as larvas de água-viva.

Alimentação de pólipos marinhos
Os pólipos são principalmente carnívoros e se alimentam de:
- Plâncton;
- Peixes pequenos;
- Crustáceos;
- Outros organismos microscópicos.
Algumas espécies, como os corais, também obtêm nutrientes por meio de uma relação simbiótica com algas chamadas zooxantelas, que realizam a fotossíntese e compartilham os nutrientes com o pólipo.
Como os pólipos marinhos se alimentam?
Seu método de captura é através dos tentáculos, que usam para capturar presas. Os cnidócitos presentes nos tentáculos injetam toxinas que paralisam as presas. Uma vez capturada, a presa é levada à boca e digerida na cavidade gastrovascular.

Reprodução de pólipos marinhos
Os pólipos marinhos podem se reproduzir tanto de forma sexuada quanto assexuada:
- Reprodução assexuada: ocorre por brotamento, onde novos pólipos brotam do corpo do pólipo pai e, eventualmente, se separam para formar indivíduos independentes. Também ocorre por fragmentação, aonde parte do pólipo se desprende e cresce como um novo indivíduo;
- Reprodução sexuada: os pólipos liberam gametas (óvulos e espermatozoides) na água, onde ocorre a fecundação externa. O ovo fecundado se desenvolve em uma larva chamada plânula, que nada livremente antes de se fixar ao substrato e se transformar em um novo pólipo.
Diferencia entre pólipos e águas-vivas
Já vimos que existem pólipos que se transformam em águas-vivas, portanto, em alguns casos, ambas as formas fazem parte do mesmo ciclo de vida. Em outros, estamos falando de espécies diferentes. Vamos ver as diferenças:
- Forma corporal: os pólipos têm uma forma cilíndrica e alongada, com a boca e os tentáculos voltados para cima. Sua base está fixa ao substrato, o que lhes confere um estilo de vida séssil (não se movem). As águas-vivas, por outro lado, têm uma forma de sino ou guarda-chuva, com a boca e os tentáculos voltados para baixo. São organismos de vida livre que flutuam ou nadam na coluna de água. Saiba mais em "Como é o corpo da água-viva";
- Mobilidade: os pólipos são organismos sésseis, ou seja, permanecem fixos em um lugar, como rochas, corais ou fundos marinhos. Por outro lado, as águas-vivas são móveis e se deslocam ativamente por meio de contrações rítmicas do corpo, o que lhes permite nadar na água. Confira nosso artigo sobre "Como é a respiração da água-viva?";
- Habitat: os pólipos são encontrados fixos a superfícies duras, como recifes de coral, rochas ou substratos arenosos. As águas-vivas vivem na coluna de água, flutuando ou nadando em oceanos e mares, desde a superfície até grandes profundidades;
- Função no ciclo de vida: os pólipos estão geralmente associados à reprodução assexuada (por brotamento ou fragmentação) e à alimentação. Em muitas espécies, como os corais, os pólipos são a fase dominante do ciclo de vida. As águas-vivas estão mais relacionadas à reprodução sexuada, pois produzem gametas (óvulos e espermatozoides) liberados na água para a fecundação. Além disso, as águas-vivas ajudam na dispersão das espécies;
- Estrutura e anatomia: os pólipos têm um corpo mais simples, com uma cavidade gastrovascular que serve tanto para a digestão quanto para a distribuição de nutrientes. As águas-vivas têm uma estrutura mais complexa, com uma cavidade gastrovascular ramificada e uma maior capacidade de se mover e capturar presas;
- Ciclo de vida: em muitas espécies de cnidários, como as águas-vivas da classe Scyphozoa, os pólipos representam a fase assexuada do ciclo de vida, enquanto as águas-vivas representam a fase sexual. Os pólipos podem produzir águas-vivas por meio de um processo chamado estrobilação.

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