Qual é a lenda do peixe-remo?

O peixe-remo tem sido fonte de mitos e superstições durante séculos devido à sua aparência incomum e à sua aparição esporádica nas costas. Como mencionamos, ele possui características peculiares, e seu corpo longo e ondulante, juntamente com sua coloração prateada e sua distinta nadadeira dorsal vermelha, levaram muitas culturas a associá-lo a criaturas lendárias, especialmente às serpentes marinhas descritas nos relatos de marinheiros desde a antiguidade.

Um dos fatores que alimentou o que diz a lenda do peixe-remo é sua aparição antes de eventos sísmicos, como ocorreu no terremoto e tsunami de 2011 em Tohoku, que também impactou o reator nuclear da cidade de Fukushima, onde esse animal foi avistado previamente.

Por isso, no Japão, por exemplo, acredita-se que a aparição de peixes-remo encalhados nas praias seja um presságio de terremotos e tsunamis, uma crença baseada na tradição folclórica conhecida como Namazu-e, que associa os peixes a catástrofes naturais. No entanto, estudos científicos descartaram uma relação causal entre esses avistamentos e a atividade sísmica.

Nesse sentido, ao longo da história, sua raridade e a dificuldade de estudá-lo em seu habitat natural mantiveram viva a fascinação por esse peixe, consolidando seu lugar na mitologia marinha e na cultura popular.

Nos mares do norte também existem mitos sobre essa espécie. Lá, ele é normalmente conhecido como o rei dos arenques, já que os pescadores dessas regiões associam a aparição dessa espécie à chegada de cardumes de arenques. Da mesma forma, os grupos antigos da Noruega relatavam que, se se causasse dano a um peixe-remo, isso afetaria a pesca do momento.

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A lenda do peixe-remo está fundamentada na ideia de que os animais podem prever ou advertir sobre os desastres causados por eventos naturais, devido ao comportamento que, em alguns casos, demonstram antes de que ocorram. Dessa forma, na cultura popular japonesa, como o peixe-remo habita águas marítimas muito profundas, acredita-se que ele detecta mudanças no fundo marinho, como terremotos, os quais podem originar tsunamis. Por isso, ele emerge à superfície nesses casos, tornando-se assim um presságio de desastres.

Essa crença foi sendo reforçada e expandida ao longo do tempo, por encontros com peixes remo nas costas, e, em alguns casos, coincidindo com algum evento sísmico. No entanto, os estudos científicos não encontraram relação entre a ocorrência de eventos sísmicos submarinos e a saída à superfície de peixes-remo. Mas, apesar disso, a lenda japonesa do peixe-remo continua viva, e cada aparição de um peixe-remo ou rei dos arenques gera inquietação.

O que acontece quando um peixe-remo aparece? No dia 9 de fevereiro de 2025, um peixe-remo chegou à praia El Quemado, na Baja California Sur. Esse evento gerou alarme devido à suposta relação da espécie com desastres naturais, algo que sabemos que não está comprovado.

No entanto, o aparecimento do peixe-remo na superfície naturalmente desperta curiosidade, pois ele vive em grandes profundidades. Esse fenômeno pode estar relacionado a:

• Debilitação.
• Doenças.
• Lesões do animal.

Essas condições podem impedir que o peixe-remo se desloque normalmente, fazendo com que ele acabe arrastado ou desorientado até a superfície.

Além disso, fenômenos como o El Niño, que altera as correntes oceânicas, também podem impactar espécies como o peixe-remo. Adicionalmente, atividades humanas em grandes profundidades, como exploração de petróleo, pesca em alta intensidade ou presença de submarinos, podem ser outras causas da desorientação do peixe-remo, forçando-o a emergir de forma incomum para a superfície.

Apesar das investigações científicas, o peixe-remo continua envolto em uma aura de mistério. Sua vida nas profundezas do oceano dificulta o conhecimento sobre seus hábitos, o que ainda precisa ser mais esclarecido. O que é certo é que, se você se perguntava o que o peixe-remo tem a ver com o fim do mundo, a resposta é: nada. Seu aparecimento na superfície não é um anúncio apocalíptico.

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