Respiração ofegante em cães idosos

Em primeiro lugar, devemos ter claro que o ofegar é uma respiração agitada e com a boca aberta que os cães podem apresentar de maneira fisiológica em determinadas circunstâncias. Por exemplo, quando está calor. Isso se explica porque os cães não suam como as pessoas através da pele, mas eliminam o excesso de calor do organismo e se refrigeram através do ofegar. Por esse motivo, também podemos ver nosso cão ofegar nas seguintes situações:

• Após realizar exercício.
• Quando estão nervosos e agitados, pois sua respiração se acelera.
• Os cães de determinadas raças, como os braquicéfalos, tendem a ofegar um pouco mais do que o normal devido à sua conformação anatômica peculiar.

O que fazer?

Como é lógico, nestes casos de ofegar que podemos denominar fisiológico, não precisamos fazer nada. Em alguns minutos, o cão recuperará sua respiração normal. Apenas se o ofegar não diminuir, for muito exagerado ou observarmos outros sinais clínicos, devemos consultar um veterinário. Nestes casos, o ofegar pode ser devido a uma patologia que requer atenção.

Atualmente, não é incomum encontrar cães de qualquer idade com sobrepeso ou obesidade, mas é verdade que o envelhecimento pode ser um fator que aumenta o risco de excesso de peso. Isso está relacionado com a diminuição da atividade física e da mobilidade em geral, o que leva ao aumento de peso se o cão continuar a comer as mesmas quantidades de antes ou se excedermos nos petiscos comestíveis.

A obesidade não é apenas um problema estético. Entre outros problemas, dificulta a respiração e, por isso, pode levar o cão idoso a ofegar.

O que fazer?

É conveniente que o veterinário o examine (cães com mais de 7-8 anos devem passar por uma consulta veterinária anual, pelo menos) para descartar a existência de outra causa que possa estar por trás do ofegar. Se for concluído que está relacionado com o excesso de peso, devemos controlar a alimentação e até iniciar uma dieta de emagrecimento, claro, sempre sob supervisão do veterinário. O ideal é conseguir que o cão alcance e mantenha seu peso ideal.

As alterações que afetam o coração e impedem que ele desempenhe corretamente sua função são mais comuns em cães idosos. Uma insuficiência cardíaca, por exemplo, pode afetar a respiração do cão, causando o ofegar, além de outros sinais clínicos que podem nos alertar, como a presença de tosse, especialmente durante o repouso, ou um maior cansaço ou intolerância ao exercício.

O que fazer?

Para acalmar o ofegar de um cão idoso, é essencial consultar um veterinário, pois é necessário examinar o animal e realizar exames, como radiografias torácicas, análises de sangue, ecografias ou eletrocardiogramas. Com todos esses dados, o profissional poderá chegar a um diagnóstico e estabelecer um tratamento. Este dependerá muito de cada caso, mas geralmente envolve a implementação de uma dieta específica e a administração de medicamentos para favorecer o funcionamento do coração.

Logicamente, qualquer problema que afete a respiração do cão pode acabar desencadeando o ofegar, entre outros sinais clínicos. Por exemplo, uma pneumonia, que é mais comum em cães idosos, pois geralmente têm um sistema imunológico mais delicado do que os jovens.

O que fazer?

Como mencionamos, se nosso cão idoso está ofegante, devemos consultar um veterinário. Apenas este profissional pode determinar qual é a causa do ofegar. Para isso, serão necessários exames, como radiografias torácicas ou análises de sangue.

O tratamento dependerá da causa e geralmente inclui antibióticos, por várias semanas se for uma pneumonia. É importante ressaltar que sempre devemos tratar o ofegar e não considerá-lo normal em um cão idoso. Esse tipo de problema pode evoluir fatalmente se não for tratado.

Embora não se estressem tanto quanto os gatos, é certo que os cães também podem ser afetados pelo estresse. Eles ainda são animais de hábitos, que gostam de previsibilidade e rotinas. Por isso, eventos como uma visita ao veterinário ou a exposição a estímulos desconhecidos, como ruídos altos, podem provocar estresse a ponto de alterar a respiração e induzir ao ofegar. Os cães mais velhos podem ser mais sensíveis a essas mudanças.

O que fazer?

O recomendado é, em primeiro lugar, consultar um veterinário para buscar alguma causa física que possa explicar o ofegar, como as que estamos discutindo no artigo. Se o cão estiver saudável, é possível que o motivo do ofegar seja o estresse. Nestes casos, é provável que vejamos uma relação de causa e efeito, ou seja, se o cão está ofegante na consulta veterinária, podemos pensar que este é o fator desencadeante. Devemos evitar a exposição a qualquer estímulo que seja estressante para ele e seguir as orientações de manejo recomendadas por um etólogo.

Às vezes, o ofegar em cães idosos é uma manifestação de dor e esta pode ter múltiplas causas. Por exemplo, problemas nas articulações, como a artrose, que é uma doença degenerativa mais comum em cães idosos, podem gerar muita dor. Mas existem numerosas causas possíveis.

Por esse motivo, devemos prestar atenção à aparição de outros sinais clínicos, além do ofegar, como dificuldades para se mover normalmente, inchaço abdominal, diminuição ou falta de apetite, etc.

O que fazer?

Dependendo da causa, assim será o tratamento, por isso é importante consultar um veterinário para que ele realize um exame completo do animal e determine a origem da dor.

O golpe de calor é uma condição potencialmente fatal que pode afetar cães de todas as idades, embora se considere que os mais idosos, entre outros, correm um maior risco. É uma emergência veterinária que requer atenção imediata deste profissional.

Ocorre quando o cão está exposto a altas temperaturas, a ponto de não conseguir se resfriar por si só. O aumento da temperatura corporal origina diferentes sinais clínicos, entre os quais se encontra o ofegar.

O que fazer?

Devemos tentar resfriar o cão enquanto o levamos para o veterinário mais próximo, por exemplo, cobrindo-o com toalhas úmidas. Se a temperatura não diminuir, todos os órgãos serão afetados e o cão pode falecer. Por isso, mais importante até do que ir imediatamente ao veterinário é prevenir o golpe de calor, evitando a exposição direta do cão ao sol, fornecendo-lhe locais para se refrescar ou nunca deixando-o dentro de um carro ao sol.

Por outro lado, a febre, que nos cães implica uma temperatura corporal superior a 39,2 ºC, também pode causar o ofegar e igualmente requer atenção veterinária para descobrir sua causa. Como sempre, a causa determinará o tratamento. Nunca devemos administrar antipiréticos ao cão por conta própria.

A síndrome de Cushing é uma condição que é diagnosticada com mais frequência em cães de meia-idade e idosos. Ela é causada por uma produção excessiva de cortisol, secretado pelas glândulas suprarrenais. Isso pode ser devido a distúrbios no organismo do cão, como tumores nessas glândulas, ou à administração de corticoides para tratar alguma doença.

Entre os sinais clínicos que provoca, como perda de pelos bilateral ou aumento na ingestão de água e na eliminação de urina, está o ofegar.

O que fazer?

Para confirmar esta doença, o veterinário terá que realizar, no mínimo, testes laboratoriais. O tratamento dependerá da causa. Geralmente, requer medicação e até mesmo intervenção cirúrgica para controlar a secreção de cortisol.

Assim como as pessoas, os cães podem sofrer de diabetes, especialmente a partir de uma certa idade. Esta doença, que envolve níveis elevados de glicose no organismo, às vezes se complica. Uma dessas complicações é a cetoacidose diabética, que ocorre quando a quantidade de glicose no sangue se descompensa de forma alarmante, chegando ao ponto de colocar a vida do animal em risco.

Entre os sinais clínicos que desencadeia, além do ofegar, estão a fraqueza, os vômitos ou um hálito com cheiro frutado.

O que fazer?

A cetoacidose diabética é uma urgência veterinária que requer a internação imediata do animal para estabilização. O veterinário realizará exames de sangue e urina para iniciar o tratamento, além de outras análises conforme cada caso. Normalmente, é prescrita fluidoterapia e insulina. Uma vez recuperado, o cão continuará em casa o controle da diabetes com medicação, dieta e exercício.

Os cães, ao explorarem seu ambiente e, sobretudo, ao utilizar a boca para isso, estão expostos ao contato com diferentes substâncias potencialmente tóxicas, como medicamentos, plantas, resíduos, raticidas, produtos de limpeza, etc. Embora se tenda a pensar que esses comportamentos exploratórios são exclusivos dos filhotes, muitos cães idosos mantêm esse interesse por tudo ao seu redor. Aqui apresentamos a lista de plantas: "Plantas tóxicas para cachorros".

Portanto, as intoxicações devem ser consideradas se um cão idoso começar a ofegar e apresentar sinais clínicos como hipersalivação, descoordenação, vômitos, convulsões, etc. A gravidade da intoxicação dependerá de fatores como as condições do cão, a substância tóxica, a via de contato, as quantidades ou a rapidez na atuação.

O que fazer?

Sempre que suspeitarmos de uma intoxicação, devemos procurar um veterinário, melhor ainda se levarmos a substância em questão, uma imagem ou o rótulo do produto, se for o caso. De acordo com todas as circunstâncias mencionadas, será estabelecido o tratamento mais adequado, que pode incluir lavagem gástrica, administração de carvão ativado, etc. O prognóstico também dependerá de tudo isso.

Como você vê, o ofegar em cães idosos pode ser por algo tão simples quanto nervosismo, mas também pode indicar a presença de um problema mais grave. Ressaltamos que a visita ao veterinário é imprescindível nesta idade em que o animal é tão vulnerável.

Este artigo é meramente informativo, no PeritoAnimal.com.br não temos capacidade para receitar tratamentos veterinários nem realizar nenhum tipo de diagnóstico. Sugerimos-lhe que leve o seu animal de estimação ao veterinário no caso de apresentar qualquer tipo de condição ou mal-estar.

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